Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!
QUERO APROVEITAR 🤙Operação Resgate de Metas: 63% OFF no 12Min Premium!
Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!
Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-65-5520-623-4
Editora: Alta
Klaus Schwab percebeu que o mundo está com problemas. A desigualdade crescente, desaceleração econômica, produtividade precária, aumento dos problemas sociais e falta de cooperação internacional deixaram o mundo em emergência. Essas observações fazem tanto sentido depois da Covid-19 quanto antes. Mas algo mudou com a pandemia.
Hoje, há um entendimento maior entre as populações, as empresas e os governos de que um mundo melhor depende de todos trabalharem juntos. A ideia de que o planeta vai precisar se reconstruir de modo diferente no pós-Covid é compartilhada. O impacto repentino da doença nos fez perceber, mais do que a mudança climática ou a desigualdade econômica, que um sistema que se baseia no egoísmo é frágil.
Para o autor, não podemos nos mover apenas pelo lucro. Em vez disso, precisamos de uma sociedade projetada para cuidar do planeta. Devemos trocar o capitalismo shareholder que prevaleceu no ocidente e o capitalismo de estado oriental por um sistema mais inclusivo. É o capitalismo stakeholder.
O mundo nunca foi tão desenvolvido e próspero. Hoje, é possível consumir luxos e conveniências anteriormente incomuns. Paralelamente, a desigualdade se tornou mais pronunciada. Fomos pouco rigorosos nas análises e muito dogmáticos nas crenças. Nos anos 1970, o crescimento econômico mundial disparou. Mas a partir de 2010, o crescimento passou a ser mais moderado.
Consumidores e Estados contraíram dívidas. Com a crise da Covid-19, os países abusaram de pacotes de estímulos e se endividaram ainda mais. Os altos empréstimos acompanhados da inflação baixa fizeram com que os encargos crescessem ainda mais. Colocamos o PIB, um indicador frágil, como a maior obsessão.
Isso fez com que as economias, de fato, se desenvolvessem. O problema é que a desigualdade raramente foi tão pior quanto é hoje, e a poluição ambiental continua crescente. Klaus relembra as ideias do economista Simon Kuznets, que defendia um olhar crítico ao PIB. Para ele, essa métrica não é um indicador confiável do bem-estar de uma nação.
Simon Kuznets criticou a obsessão pelo PIB, a métrica que ajudou a criar. Mas também postulou que a desigualdade diminui durante os booms econômicos. A alta diferença de renda dos Estados Unidos antes da Segunda Guerra Mundial ficou menor depois do conflito. Esse trabalho rendeu ao economista o Prêmio Nobel.
As descobertas pareciam indicar uma nova era em que o crescimento econômico erradicaria a pobreza do mundo. No entanto, isso não aconteceu. Globalmente, a desigualdade de renda até diminuiu um pouco. Isso se deve, principalmente, aos êxitos da Índia e da China em remover parte dos cidadãos da pobreza extrema.
Ainda assim, o indicador quase não mudou no mundo ocidental. Nos Estados Unidos, a desigualdade de renda aumentou consideravelmente, apesar do crescimento econômico. Isso deixou serviços, como educação e assistência médica de qualidade, restritos aos mais ricos. A pandemia de Covid-19 ainda trouxe efeitos mais nocivos, afetando a população mais pobre.
Cidades como a chinesa Shenzhen revelam o avanço da riqueza no Oriente. Nos anos 1970, os moradores da cidade viviam com 1 dólar por dia. Hoje, a sede de multinacionais como a Huawei se encontra lá. O PIB per capita chegou aos 30 mil dólares.
A China deixou de ser um país simples e se tornou uma sofisticada gigante da tecnologia. Mas o milagre chinês também trouxe problemas. O país tem uma desigualdade de renda alta e uma dívida pública de 317%. Suas fábricas impressionam, mas faltam recursos naturais que suportem a onda de construção.
Isso fez da China um forte país importador, ajudando no crescimento de países da América Latina e da África. As importações chegam aos 2 trilhões de dólares ao ano. A Índia tem buscado um caminho de ascensão similar. Ainda assim, o autor acredita que o crescimento exagerado dessas nações não é sustentável, já que deixa um rastro de danos ecológicos.
A evolução das economias acontece de formas poderosas. A Primeira Revolução Industrial, que aconteceu em 1700, trouxe a energia a vapor e a produção em massa. Ela foi acompanhada da Segunda Revolução Industrial, que terminou no fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa, o motor a combustão e a eletricidade se popularizaram.
A Terceira Revolução Industrial inaugurou a internet e o uso nativo da tecnologia pela população. Mas o que testemunhamos hoje é a Quarta Revolução Industrial. Essa combina tecnologias que estão em alta, como inteligência artificial, impressão 3D, machine learning, computação quântica e robótica.
Isso tem potencial para criar uma disrupção na força de trabalho, mudar a natureza de como atuamos e o que somos. Metade dos empregos pode ser alterada nos próximos anos. Assim como as anteriores, essa revolução vai gerar muita riqueza. A grande questão é se essa prosperidade vai se espalhar ou se vai apenas concentrar ainda mais a renda.
Entre 1990 e 2016, o número de empregos perdidos nos Estados Unidos foi de mais de 5 milhões. Embora existam programas de retreinamento feitos para reinserir os profissionais no mercado de trabalho, eles raramente são bem-sucedidos. Boa parte dos trabalhadores segue desempregada, principalmente entre a população mais velha e com dificuldades tecnológicas.
Sem uma cultura de retreinamento constante, mesmo programas bem financiados, como os norte-americanos, não são o suficiente. Na Dinamarca, a lógica é a inversa. Empresas e sindicatos incentivam os profissionais a se manterem treinando e atualizando suas habilidades profissionais. Instituições como o Dansk Metal defendem que a tecnologia leva a mais empregos e, por isso, os trabalhadores devem abraçá-la.
Assim, se dedicam a trabalhar pela reciclagem e preparação. A proposta é superar o medo da tecnologia e usá-la para ajudar os profissionais. Com uma estrutura tributária distinta na Dinamarca, a participação sindical é mais alta, a desigualdade social fica reduzida e a arrecadação do Estado é maior.
Já passamos da metade deste microbook e os autores contam como o meio ambiente tem sido uma vítima do avanço econômico. Embora o padrão de vida das nações fique genuinamente mais alto, o progresso trouxe consequências problemáticas. A Etiópia, por exemplo, testemunha um crescimento do PIB de 10% ao ano.
Ainda assim, as emissões de gases de efeito estufa dispararam, acompanhadas por uma igualmente alta taxa de desmatamento. A população quer melhorar a vida, ainda que à custa de danos ambientais. A urbanização aparece entre as principais razões, reduzindo as áreas rurais das cidades.
O crescimento populacional gera efeitos, já que há um número maior de pessoas poluindo. Isso também vale para o progresso tecnológico, com carros, aviões e outros emissores de carbono. Aqui, as preferências das pessoas aparecem como um fator importante. Podemos nos comportar de forma menos prejudicial ao, por exemplo, optar pelo transporte público ou pela bicicleta, em vez de usar carros.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais seguem o capitalismo shareholder. Nesse, o interesse dos shareholders, ou acionistas, prevalecem sobre tudo. A China e boa parte dos países orientais, por sua vez, apostam no capitalismo de estado. Aqui, o governo dita as regras e prevalece sobre a liberdade das pessoas.
As duas abordagens foram bem-sucedidas na construção das duas maiores economias do mundo. Mas também apresentam suas desvantagens, reveladas na desigualdade de renda e na degradação do meio ambiente. Klaus Schwab propõe o capitalismo stakeholder como a alternativa que inclui todo mundo, sem que as empresas ou governo prevaleçam sobre todos.
Nessa ideia, há um incentivo à ética de trabalho, à criatividade e à competitividade. No entanto, existem também freios e contrapesos. Seu objetivo é impedir que qualquer participante dê as ordens. O capitalismo stakeholder foi feito para equilibrar o progresso econômico com o bem-estar e a proteção ambiental.
No século XX, quando o conceito de capitalismo stakeholder se tornou conhecido, as economias trabalhavam de forma localizada. Hoje, o mundo é global e interconectado. As mudanças climáticas mostram como essa realidade funciona. Embora os Estados Unidos, a Europa e a China sejam os maiores consumidores de combustíveis fósseis, a mudança climática não tem fronteiras.
Nações pobres, que geram poucos prejuízos ao meio ambiente, também sofrem dos efeitos de sua degradação. É o caso das recentes pragas de gafanhotos que prejudicaram a agricultura na África e no Oriente Médio. Os fluxos de imigração também mudaram com a interconexão dos países, já que hoje as pessoas sabem em que países podem encontrar riqueza e mudar de vida.
O capitalismo stakeholder luta para incluir as pessoas de qualquer classe social nas decisões. Pessoas de qualquer etnia, idade, gênero e orientação sexual poderiam determinar o rumo da economia. No capitalismo stakeholder, a sociedade é mais equilibrada, saudável e igualitária.
Apesar dos problemas, Klaus acredita que não devemos perder o otimismo. Existem razões para acreditar, apesar das dificuldades, que um sistema mais virtuoso e inclusivo é possível. Talvez ele esteja logo na próxima esquina. A Covid-19 nos mostrou o que é possível quando todos os stakeholders agem com um objetivo em comum.
A atuação conjunta para vencer a pandemia fez com que mais de duzentas vacinas entrassem em processo de desenvolvimento. Muitas foram fruto da colaboração multinacional entre governos e empresas. Os Estados se juntaram em fundos de financiamento de vacinas. Esses instintos virtuosos podem deixar de ser uma exceção rara e virar um traço no sistema.
Em vez de focar no interesse próprio, é possível focar em uma perspectiva de longo prazo e pensar nas próximas gerações. Devemos planejar o futuro e refletir sobre como criar uma economia que faça sentido para o progresso, o planeta e as pessoas.
O capitalismo stakeholder pode ter como referência o modelo que foi aplicado nos países ocidentais durante o pós-guerra, mas que foi abandonado a partir dos anos 1970 para dar prioridade aos shareholders. Aqui, as empresas trabalham pela sustentabilidade e pensam no bem-estar dos funcionários.
Os governos, por sua vez, passam a se comportar como guardiões da igualdade, apostando em um pacto social generoso, como o das nações escandinavas, e incentivando o livre-mercado sem deixá-lo sem freios, como na Indonésia. Só que o mundo ainda está dividido entre o capitalismo shareholder e o capitalismo de estado.
Consequências como a desigualdade econômica e a destruição ambiental ainda nos perseguem. Por isso, podemos usar como referência a prosperidade compartilhada do pós-guerra para refletir sobre o que iremos fazer no pós-pandemia. Os autores acreditam que estamos diante de uma oportunidade semelhante para mudar as regras da economia. O destino do mundo depende do que estamos prestes a fazer.
A desigualdade econômica e o desgaste ambiental mostram como o sistema que trouxe o crescimento e a prosperidade desde a Primeira Revolução Industrial tem falhas preocupantes. Capitalismo stakeholder propõe uma alternativa exigente, que depende da mobilização de muitas pessoas, mas que pode levar o mundo a um progresso civilizatório.
Além de ajudar a popularizar o capitalismo stakeholder, Klaus Schwab também foi o porta-voz da Indústria 4.0. O 12 min tem um microbook específico sobre o assunto, “A Quarta Revolução Indústrial”. Não deixe de conferir!
Ao se cadastrar, você ganhará um passe livre de 7 dias grátis para aproveitar tudo que o 12min tem a oferecer.
Klaus Martin Schwab é um engenheiro e economista alemão, mais conhecido como o fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial. Ele e sua esposa e ex-secretária, Hilde, co-fundaram a Fundação Schwab para Empreendedorismo Social. Ele nasceu em 1938, em Ravensburg, na Alemanha. Schwab foi professor de política de negócios na Universidade de Genebra de 1972 a 2002. Ele é o autor de vários livros. Desde 1979, ele publicou o Relatório d... (Leia mais)
De usuários já transformaram sua forma de se desenvolver
Média de avaliações na AppStore e no Google Play
Dos usuários do 12min melhoraram seu hábito de leitura
Cresca exponencialmente com o acesso a ideias poderosas de mais de 2.500 microbooks de não ficção.
Comece a aproveitar toda a biblioteca que o 12min tem a oferecer.
Não se preocupe, enviaremos um lembrete avisando que sua trial está finalizando.
O período de testes acaba aqui.
Aproveite o acesso ilimitado por 7 dias. Use nosso app e continue investindo em você mesmo por menos de R$14,92 por mês, ou apenas cancele antes do fim dos 7 dias e você não será cobrado.
Inicie seu teste gratuitoAgora você pode! Inicie um teste grátis e tenha acesso ao conhecimento dos maiores best-sellers de não ficção.